sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Atlas de Saneamento 2011


As profundas desigualdades regionais existentes na infraestrutura de saneamento fazem da universalização e da melhoria dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, coleta de lixo e drenagem urbana, um objetivo a ser alcançado, ainda hoje, pelo Estado e conquistado pela sociedade brasileira.
Ao reunir informações da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB 2008, realizada em parceria com o Ministério das Cidades, bem como estatísticas do Censo Demográfico 2010 e de fontes provenientes de outros órgãos e entidades, este Atlas oferece uma ampla abordagem da questão enfocando não só a distribuição espacial, qualidade e eficiência das redes e dos serviços oferecidos no País, como também a natureza relacional do saneamento básico com a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida das populações. Apresenta ainda, espacialização de alguns temas segundo bacias hidrográficas, fundamental para o entendimento do impacto causado pelas formas de ocupação e uso do território sobre os recursos hídricos. Mapas, textos analíticos, gráficos, tabelas e imagens, além de um glossário com os termos e conceitos considerados relevantes, facilitam a compreensão integrada dos temas selecionados.
O conjunto dessas informações também está disponível no CD-ROM que acompanha a publicação.
Tal como na edição realizada em 2004, esta publicação constitui, para o IBGE, uma oportunidade de contribuir para a formulação, planejamento e implementação de ações públicas e privadas voltadas ao objetivo da universalização do saneamento, ao equilíbrio do desenvolvimento e à promoção do bem-estar da população, segundo as peculiaridades locais e regionais.



Ibama exige preservação em megaprojeto de minério de ferro da Vale na Serra Sul de Carajás



Espeleologista da Vale analisa caverna em Carajás: são 187 delas na área do S11D, das quais 16 de 'máxima relevância' arqueológica Lalo de Almeida / The New York Times
CANAÃ DOS CARAJÁS (PA) - Há um mês a Vale comemorou a emissão pelo Ibama da Licença de Instalação do projeto de minério de ferro S11D, na Serra Sul de Carajás (PA), o maior da história da companhia e da indústria mundial da mineração. Encravado no meio da Floresta Amazônica, o projeto traz desafios ambientais da magnitude dos investimentos necessários para tirá-lo do papel. Serão US$ 19,6 bilhões, dos quais US$ 8 bilhões na mina e em uma unidade de processamento e US$ 11,6 bilhões em logística.
Para que esses recursos sejam executados, no entanto, a empresa precisa cumprir condicionantes impostas pelo órgão ambiental relativas à preservação de lagoas e cavernas que, numa primeira avaliação da companhia, poderiam comprometer metade da reserva considerada no cálculo de viabilidade econômica do projeto. O S11D tem reservas provadas e prováveis de 4,2 bilhões de toneladas de minério de ferro. O desafio da Vale, especialmente no caso das lagoas, é mantê-las com uma área de preservação em seu entorno, possivelmente menor que a determinada pelo Ibama.
Na Floresta Nacional de Carajás (Flona), onde o S11D será implementado, há 943 espécies de vertebrados. Muitas bebem água nessas lagoas, batizadas de Violão e Amendoim. Sua importância deve-se ao fato de servirem como um reservatório perene para matar a sede da fauna local, num lugar onde boa parte das lagoas some no período seco.
Como estão no topo da serra e distantes dos lençóis freáticos, são abastecidas pela água da chuva. Por isso, uma das 20 condicionantes que constam da LI é que sejam preservadas as lagoas e as áreas de recarga (que ficam em torno das lagoas, por onde a chuva escorre até alcançá-las). A distância mínima entre a borda da lagoa e a cava que será aberta pela Vale para extrair o minério deve ser de 500 metros, segundo o Ibama.
Compensação na Serra da Bocaina
A Vale deu entrada no pedido de licença para o S11D em novembro de 2009. No seu estudo de impacto ambiental (EIA-Rima) estava prevista a exploração de minério em área que, na avaliação do Ibama, poderia interferir nas lagoas, além da supressão de dezenas de cavernas e mais de mil hectares de vegetação — entre floresta e canga, que é a vegetação típica de áreas com afloramentos de minério de ferro. Em seu parecer técnico, o Ibama recomendou que as lagoas e as áreas de recarga fossem preservadas, e que fosse respeitado o limite de 250 metros de distância das “cavernas de máxima relevância”.
Na sua resposta ao órgão ambiental, a Vale informou que “as perdas de reserva de minério de ferro em decorrência da obrigatória manutenção dos perímetros de proteção das cavidades de relevância máxima e as áreas de contribuição das Lagoas do Violão e do Amendoim, representariam uma redução (...) que corresponde a, aproximadamente, 52% de toda a reserva considerada para a viabilidade econômica do Projeto Ferro Carajás S11D”. (...) “Tal fato representaria o comprometimento da viabilidade econômica do Projeto Ferro Carajás S11D”, disse em documento, disponível na internet, encaminhado ao Ibama.
A resposta da Vale é anterior à emissão da Licença Prévia (LP, emitida em junho de 2012) e da LI, emitida no início deste mês. As recomendações do Ibama foram mantidas nas duas licenças. Mas o órgão ambiental abre uma brecha para flexibilização da condicionante relativa às lagoas, ao dizer que tal restrição “será objeto de avaliação quando da conclusão de estudos de funcionalidade ecológica”. A Vale prevê concluir os estudos até o fim deste ano e informa que os primeiros cinco anos de lavra ocorrerão na porção leste da mina. Como as lagoas estão na outra ponta, ao menos por esse período, o limite de 500 metros será respeitado.
— As lagoas são de extrema importância para a região. Não podemos correr o risco de perdê-las — diz Frederico Martins, crítico do projeto e chefe da Flona, unidade de conservação ambiental mantida pelo ICMBio, em parceria com a Vale.
No caso das cavernas, a Vale identificou 187 delas na área do S11D, das quais 16 de máxima relevância (os graus de relevância são determinados com base em características físicas e no material arqueológico encontrado nas cavidades). Estas serão integralmente preservadas. No entanto, haverá “impactos negativos irreversíveis em 35 cavidades de alta relevância”.
Segundo Martins, há apenas três ou quatro cavernas na Serra Sul de Carajás onde habita uma espécie de morcego chamada Natalus, e uma delas está na área do projeto S11D. Para compensar as cavernas que serão suprimidas, a Vale terá que preservar 70 cavernas da mesma categoria em outra região, na Serra da Bocaina, área contígua à Flona.
— São cavernas com as mesmas características. A ideia que estamos discutindo com o Ibama é a possível extensão da unidade de conservação da Flona para a Serra da Bocaina. Já compramos 2.700 hectares lá, para compensar os cerca de 2.700 hectares de área que o S11D vai ocupar — diz Rodrigo Dutra, gerente de Meio Ambiente Ferrosos, Ferrovia e Porto da Vale.
Clareza dos Riscos
Segundo a Vale, a área que será desmatada para o S11D inclui 37% de pastagem, 34% de savana (ou canga) e 27% de floresta. Martins demonstra preocupação com a savana que será suprimida, pois essa configuração de canga no meio da floresta tropical é única no país.
A Vale diz que, com o S11D, a atividade mineral em Carajás ocupará 3,3% dos 4.119,5 Km² da Flona, incluindo savana e floresta. O problema, para Martins, é que boa parte dessa ocupação se dará sobre a canga e, com o S11D, 30% dessa vegetação estariam comprometidos.
— Meu receio é que, se a gente não conseguir impor limites, acabe extinguindo todo um ecossistema. Defendemos um zoneamento para que tenhamos clareza dos riscos. (A repórter viajou a convite da Vale)


 do site do Globo

Novos mapas do IBGE auxiliam pesquisadores e gestores na área agrícola e ambiental


Os novos gráficos possibilitam um retrato mais abrangente do Censo Agropecuário de 1996 e oferece ao usuário a oportunidadde comparar tipologias de uso com produtos mais recentes
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nessa terça-feira (12) novos mapas dos estados do Rio Granddo Sul e do Amazonas, além do mapa de cobertura e uso do solo no Brasil. Mais detalhados que os anteriores, os documentos contém dados completos que possibilitam pesquisas e comparações.
Divulgação/IBGEO mapeamento permite visualizar concentrações e direções que o uso da terra desenha no PaísAmpliar
  • O mapeamento permite visualizar concentrações edireções que o uso da terradesenha no País
O mapa do Rio Granddo Sul com maisdetalhamento do que o anterior classifica a cobertura e uso da terra em Áreas Antrópicas Não Agrícolas, Áreas Antrópicas Agrícolas, Áreas de Vegetação Natural, Água e Outras Áreas. As informações foram obtidas por meio de sensoriamento remoto, trabalhode campo, entrevistas, dados estatísticos e da literatura disponível.
A técnica da Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais do IBGE,, Eloisa Domingues explica que o mapa está disponível no formato Shape [arquivo com dados geoespaciais, usado por sistemas de informações geográficas], que possibilita a inserçãode novos dados para atender à necessidaddo usuário.
“Nesse caso, a gente não está entregando uma imagem. São linhas, são polígonos, informações detalhadas que serão de interesse para um usuário técnico ou para um gestor. De acordo com Eloisa, o formato Shape tem uso técnico, em universidades, secretarias de Agricultura ou de Meio Ambiente.
Para fazer o mapa do Amazonas foram usadas com 76 imagens do satélite Landsat–TM-5, feitas entre 2010 e 2012.
O mapa Mural de Uso da Terra dBrasildisponível nos formatos PDF [documentos com texto, gráficos e imagens em formato independente do programa no qual foram criados] e Shape, que tem como base as informações do Censo Agropecuário de 1996. Eloisa explica que ele foi refeito usando os padrões e as metodologias usados no mapa mural de 2006, com o objetivo de fornecer material para comparar o uso da terra entre os dois períodos.
Os mapas podem ser acessados por meiodos links:


Fonte: